do Zero Hora
Obra terá custo de R$ 10 milhões e limitará a circulação de pedestres na região central da Capital
Uma das obras que o enxuto orçamento da prefeitura de Porto Alegre em 2015 permitirá realizar é a revitalização da Rua dos Andradas. Se os prazos forem cumpridos e não houver muitos percalços, ainda neste ano a licitação será aberta e, até 2016, a principal via da Capital deverá ganhar bancos, novas lixeiras e o calçadão, hoje em péssimo estado, será refeito entre as ruas General Câmara e Marechal Floriano Peixoto, ao longo de 305 metros.
O pavimento atual, de lajes, será substituído por blocos de concreto para suportar o peso dos veículos que fazem entregas pontuais no comércio local, transporte de valores ou serviços públicos, principal causa da deterioração do piso. Mas a via continuará sendo somente para pedestres, garante o secretário municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher:
— Hoje, se um caminhão dos bombeiros tiver de entrar ali, vai quebrar todas as lajotas. Por isso vai ter essa via central, mas ela não é para trânsito de veículos, e sim para eventuais serviços.
O projeto foi doado por entidades como o Sindicato dos Bancos e o Sindilojas, e desde 2012 a prefeitura trabalha nele. Foram readequados alguns pontos do projeto, como o desnivelamento previsto para o meio da rua, destinado ao tráfego dos veículos de abastecimento, porque essa configuração acabaria com a característica de calçadão. Também foi incluída no projeto a Rua Uruguai, onde serão feitas melhorias.
A Rua dos Andradas ganhará ainda novas redes de esgoto e de energia elétrica, além de equipamentos de iluminação pública. O custo total da obra será de R$ 10 milhões, financiados pela Corporação Andina de Fomento (CAF). O valor integra um montante de R$ 465 milhões em empréstimos que a prefeitura terá para investimentos na cidade em 2015.
Zacher estipula que a licitação pode ser aberta ainda no primeiro semestre deste ano. A duração da obra é de 12 meses, e deverá ser dividida em quatro etapas para que a circulação na Rua dos Andradas não fique inviabilizada. O serviço terá o acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), segundo Zacher, porque podem ser encontrados vestígios arqueológicos no local. Durante os trabalhos, 10 passadiços deverão ser instalados para permitir o acesso às lojas, já que longos trechos da rua serão abertos para a instalação das redes de esgoto e a mudança do calçamento.