O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) apresentam hoje, 18, o Manual de Boas Práticas em Segurança Viária e a inédita Ferramenta de Autoavaliação, durante a 2ª Conferência Global de Alto Nível em Segurança no Trânsito – Tempos de Resultados, em 2015, em Brasília.
O principal objetivo do Manual é desenvolver um modelo capaz de aumentar a segurança viária, invertendo os impactos negativos hoje provocados pelos acidentes tanto nas empresas quanto para a sociedade. Além de reduzir o número de mortes e de lesões permanentes, as ações voltadas para melhorar a segurança viária trazem benefícios para as empresas – aumento de produtividade, redução de afastamento de colaboradores e de gastos com imprevistos, redução de acidentes ambientais com transporte de cargas perigosas, ambiente de trabalho mais saudável, entre outros.
“Cada vez mais vemos que sustentabilidade é um tema absolutamente transversal, e que uma ação poderá produzir impactos positivos em muitas outras. Com segurança viária é assim também – condução segura se traduz em ganhos com saúde, maior eficiência nos deslocamentos com menores gastos de manutenção dos veículos, maior eficácia nos processos. Ganham as empresas, ganha quem dirige, ganha o meio ambiente (conduções mais seguras são, por norma, conduções menos poluentes) e ganha a sociedade como um todo. O impacto é ambiental, econômico e social, tudo aquilo a que a sustentabilidade se deve propor”, destacou Monica Guerra, coordenadora da Câmara de Mobilidade Sustentável do CEBDS.
Contexto brasileiro
Os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de mortes prematuras ou lesões permanentes no Brasil. De acordo com o último levantamento da ONU (2010), o país estava em quarto lugar no ranking do número de mortes no trânsito no mundo, superado apenas por China, Índia e Nigéria. Estima-se que 10% das mortes ocorridas no trânsito – foram 42.266 em 2013, no Brasil – estejam relacionadas com o transporte corporativo e, por isso, entram na classificação de acidentes de trabalho.
O alto custo dos acidentes
Além dos custos incomensuráveis de vidas, o alto número de acidentes no Brasil tem impactos diretos na performance interna das empresas: desde a manutenção da frota a custos associados a indenizações e perda de produtividade.
O Manual, produzido com a colaboração fundamental das empresas sob a coordenação da Câmara Temática de Mobilidade Sustentável do CEBDS, traz um modelo e cria uma referência para a avaliação técnica e análise dos critérios de segurança na cadeia de valor de diferentes setores. Busca orientar a realização de um diagnóstico da situação atual da segurança no deslocamento de pessoas e produtos a serviço da empresa (ex. transportes de produtos químicos, idas a reuniões etc., excluindo deslocamentos casa-trabalho) e traz recomendações para redução da exposição ao risco. Além disso, contempla cases de sucesso sobre os benefícios da gestão da segurança viária operacional nas empresas.
A ferramenta, elaborada para aplicação em empresas de diferentes portes, é um formulário automatizado de autoavaliação. Ele apresenta, como resultado do seu preenchimento, a definição de um Plano de Ação para uma melhoria nas práticas de deslocamento das empresas.
Clique aqui para conhecer a publicação e fazer do download da ferramenta.