O município do Rio de Janeiro, seguindo o modelo de Amsterdã e Paris – e de testes brasileiros, realizados em Curitiba e Recife – promete fôlego ao número de veículos movidos a energia elétrica no país. A capital do turismo brasileiro está elaborando uma licitação para um sistema de 100 carros elétricos compartilhados, que ficarão localizados em 25 estações e funcionarão no mesmo sistema do BikeRio.
A licitação será lançada no início de 2016. Seu texto, ainda em fase de consulta, está aberto às sugestões das empresas que manifestaram seu interesse no edital. Ao todo, cinco consórcios, um deles incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participaram desta fase anterior.
Como vai funcionar:
Usando um aplicativo para smartphone, usuários poderão retirar o veículo de uma das estações, localizadas em 13 bairros. O sistema de recarregamento dos automóveis será nas próprias estações. A cada 30 minutos de circulação com o carro, será cobrada uma tarifa no cartão de crédito cadastrado no sistema. Assim como o sistema de compartilhamento de bicicletas, haverá distintos planos de assinatura do sistema – anual, mensal, semanal ou diário, cada um com taxas diferentes.
Nenhum dos veículos poderá ser retirado com menos de 40% da bateria carregada. Um elemento previsto para a licitação é a obrigatoriedade de monitoramento da frota por uma central, para evitar furtos e roubos.
Em Paris, um estudo feito a partir da implantação de carros elétricos indicou que, para cada veículo disponível, de sete a vinte automóveis comuns deixaram de circular pelas ruas. O sistema na capital francesa possui a maior frota do mundo, 3 mil veículos, e começou com número próximo ao projeto do Rio.
Para o Coordenador Geral de Estruturação de Projetos da SECPAR, Ricardo Silva, o mesmo movimento observado na capital francesa e em Amsterdã, Holanda, é esperado no Rio. “Assim como o sistema de bicicletas deu certo, nossa expectativa é que o uso do carro elétrico compartilhado seja rapidamente incorporado no dia a dia do carioca”, projeta.
Em Curitiba, a frota municipal de veículos elétricos não gera custos à Prefeitura. É esse modelo que o Rio de Janeiro pretende implantar, com uma empresa operadora do serviço e outra patrocinadora, que pagará para ter a marca vinculada aos carros. Assim, temos, cada vez mais, a perspectiva de eliminar gases poluentes da nossa atmosfera.
É possível fazer o download do edital no site da SECPAR, aqui.
do ArchDaily