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Sistema de bikes públicas de Toronto, no Canadá

Um “Chamamento Público” para empresas interessadas em operar e patrocinar o sistema de bicicletas compartilhadas de São Paulo deverá ser divulgado pela prefeitura da cidade nos próximos dias. Em linhas gerais, o objetivo é melhorar a qualidade, ampliar o atendimento, estimular a integração com o transporte público e atender as regiões com maior demanda de usuários.

“Não se trata de uma licitação, mesmo porque não há base legal para isso”, explica a arquiteta Suzana Nogueira, coordenadora de Planejamento Cicloviário da CET. Ela lembra que há um projeto de lei em tramitação na Câmara que – se aprovado – permitirá a abertura de um processo licitatório, talvez com lotes, por regiões da cidade.

O objetivo, a longo prazo, até 2024, é ter bicicletas compartilhadas em toda a cidade, integradas com o transporte público municipal e também com o transporte metropolitano, permitindo, por exemplo, a instalação de estações de bikes dentro das estações do metrô. “A negociação com o governo do Estado já está bem avançada, mas decidimos fazer antes os ajustes no sistema para dar sequência ao projeto com a Companhia do Metrô”, explicou Suzana.

Integrar os sistemas
A ideia é reformular o modelo atual, hoje dividido entre dois sistemas, o BikeSampa e o CicloSampa, mas que não funcionam de forma integrada, impedindo que os usuário de um possa usar as bikes do outro. Além disso, um dos sistemas não permite a integração com o Bilhete Único do transporte público. E, sobretudo, porque há reclamações de usuários sobre problemas na manutenção das bicicletas e de falhas na operação dos sistemas, explicou a executiva da CET.

O projeto de renovação inclui, por exemplo, a exigência de que as bicicletas tenham iluminação led, para sinalização de segurança, tal como nos sistemas existentes em outros países. Por fim, a prefeitura deseja que as informações sobre o uso do sistema, como o tipo de usuário, ou os itinerários realizados, possam ser monitorados para o planejamento de futuras ações.

“Os dois modelos que já estão em São Paulo mostraram que a cidade acolheu bem e  precisa de um sistema de bikes públicas, principalmente como um modo complementar aos grandes sistemas de mobilidade. Mas, o modelo atual não vai permitir que o sistema seja ampliado para todas as regiões da cidade”, concluiu Suzana Nogueira.